sábado, agosto 28, 2010

Nanda 2010


Gente... Vim aqui falar um pouco sobre mim. As mudanças que tive na minha vida. Se é que isso importa pra alguém, mas é minha forma de desabafar as rejeições que sofro de algumas pessoas próximas.

Quem me conheceu Nanda 2003 mais ou menos, eu era uma moleca, irresponsável, que levava a faculdade com a barriga, que tinha sonhos, mas não pensava muito no futuro, pq queria só curtir...

E eu curti. Se eu me arrependo? Não. Eu curti muito! Me arrependo de ter levado a faculdade com a barriga, isso me arrependo. Hoje acredito que eu aproveitaria muito mais! Nessa época, eu namorava o Ric à distância. Saía muito com as amigas, bebia muito pra conseguir "socializar" mais. Enfim...

Desde pequena tive um sonho. Meu sonho SEMPRE SEMPRE SEMPRE foi ser mãe e ter uma família. Tanto que curti minhas sobrinhas como se fossem minhas filhas. Acompanhei a gravidez de minha amiga Grá do início ao fim! Parecia até que eu era o pai! kkkk Curti cada minuto dessas 3 meninas, quase como se fossem minhas!

Meus valores mudaram quando o Ric mudou pra cá! Criei responsabilidade, pq com a mudança dele, eu começaria a correr atrás de meus sonhos. Trabalhei mais, saí bem menos... Parei de beber, coisa que eu bebia todos os finais de semana e diminuí pra 4, 5 vezes ao ano. Isso pq o Ric não é de beber, não gostava de me ver bêbada e eu me toquei que realmente, era uma mala sem alça bebendo pra "socializar", acabava mais escandalizando do que socializando rsrs. Apesar de que olha... Adoro tomar cerveja com amigos, mas não da maneira "vou ficar bêbada e fazer merda" como era antes.

Enfim. As amigas reclamaram, sentiram falta... O Ric até ia de vez em quando na minha, mas acabei eu mesma desistindo dessa vida de balada... Fora que trabalhando, eu via que desperdiçava muito dinheiro com futilidades.

Eu queria me casar, ter minha casa, engravidar... Não dava, né? Era uma mudança de momento.. E olha que enfrentei até terapia pra enfrentar a mudança! rsrs...

E aí em 2004 me casei... Em 2006 engravidei e tive a Sophia em 2007. Minha vida já não era lá mais tão baladeira... Parei de sair de vez. Desde que ela nasceu, da pra contar nos dedos as vezes que saímos a noite. Mas aí me vem um monte de gente, que me conhece desde antes, fazer aquele discurso de que eu preciso sair, preciso desgrudar da Sophia, preciso não sei que lá...

Não. Eu não preciso. Eu sinto falta sim, de bebericar algo com minhas amigas... Mas não sou apenas eu que me afastei não... como diz o Carpinejar, Quando a gente vira mãe, os amigos se afastam. Uns pra não incomodar, outros para não serem incomodados. Esses dias tentei me reunir com as amigas e só uma delas foi, de 5 combinadas, a Josi. Uma tinha que ficar com marido, outro recebeu visita repentina, outra não explicou e outra ficou com preguiça! Fora as amigas que foram embora ou já moravam longe...

Entramos em momentos diferentes. Tenho amigos que saem e tem filhos, como a Grá... Mas ela tem com quem deixar a Duda desde pequenina. Minha irmã tinha a sogra, minha mãe ainda não tomava remédios, tinha eu... enfim... Cada um tem sua vida e sua família... Alguns com sorte de ter alguém pra cuidar e outros, como eu, não.

Eu não tenho dinheiro pra babá. Minha mãe toma remédio pra dormir, minha irmã não é uma tia "amo crianças" como eu fui (que ficava com as meninas pra ela). Meus sogros não moram em Maringá. Enfim. Mas eu já sabia de tudo isso que eu enfrentaria desde o momento em que cheguei no Dr. Marcelo e disse: vamos começar o tratamento para engravidar.

Sabia de todos os prós e contras. E, gente, o principal... A Sophia é o meu sonho realizado... Eu to curtindo esse sonho cada minuto de minha vida. Pq filhos crescem e eu vou sentir mais falta de estar com ela do que da época que eu ia pra balada!

Eu posso ser chamada de chata e careta. E sei que, por trás, sou chamada sim. Estou tão dentro do mundo da Sophia e do Ric, que curto tudo com intensidade. Meus assuntos preferidos são criança e família. Pq sempre gostei desse tipo de coisa. Aos 15, dizia que queria ser professora de pré-escola. Não fui pq achei que o salário seria baixo... Uma vez fiz serviço comunitário em uma creche, pq escolhi uma creche. Enfim. Essa sou eu. Eu amo crianças. Eu quero trabalhar com crianças. É meu sonho. É a minha realidade.

Minha filha é meu sonho realizado e é a minha criança. Pensa??? Eu amo criança e amo minha filha... Então é mais amor ainda! hahaha

Tem gente que não me aceita assim. Mas eu não me importo, pq eu me aceito. Ric me aceita. Sophia me aceita... Essa sou eu. Talvez aquela Fernanda de 2003, era a Fernanda mais fake. A Fernanda que precisava beber pra estar feliz. A Fernanda que não tinha nenhum compromisso com ela mesma. Que vivia chorando pelos cantos...

Estou feliz. Sou feliz. Poderia estar melhor? Sim. Poderia dividir isso mais vezes com mais amigos. Mas alguns moram longe, outros estão em outro momento... Os que divido tem sido os amigos mais atuais, que me conheceram versão 2004 pra frente e me aceitaram exatamente como sou! E não preciso deixar a Sophia com babá nem com ninguém, pq eles dão um jeitinho de vir aqui em casa ou saímos e levamos ela... Alguns trabalham muito, como a Josi, mas sempre dá um jeito de vir me ver. Enfim, entendo cada um dos amigos. Mas tem uns que se dedicam menos à nossa amizade, simplesmente pq não aceitam minha realidade. E aí eu lamento.

Logo ela cresce. E aí talvez eu socialize mais.

Enfim... Essa sou eu. Me ama? (giria lubrasileira)


sexta-feira, agosto 20, 2010

MANIFESTAMOS PELAS MÃES




Conheci o manifesto pelas mães através do blog da @marimercer.

Venho divulgar através do meu blog. Espero que consigamos muita assinatura!

beijos

Segue o texto perfeito, feito pelo Grupo Cria.


"Manifestamos pelas mães

Mãe que dá o melhor de si e convive com a crônica sensação de que nada é o suficiente.

Mãe de carne, osso e vísceras que, ao se perceber humana, sente-se cada vez mais distante do ideal de devoção da Santa Mãezinha. E por isso se culpa.

Mãe que comprou o sabonete com óleos essenciais, o iogurte com fibras, o desinfetante com cloro ativo, a fralda com bloquigel e mesmo assim seu filho não dormiu a noite inteira, seu marido se queixa e sua casa não é o templo limpo, perfumado e livre de insetos que aparece na TV.

Mãe mulher, dona de casa, profissional e amante, que segue passo a passo as dicas das revistas femininas para conciliar seus inúmeros papéis e virar “super”, mas ainda não encontrou sua capa.

Mãe cuja única preparação para a mais dramática mudança da sua vida foi o cursinho da maternidade e, se privilegiada, a decoração do quartinho e a compra do enxoval.

Mãe que vive em uma sociedade que a glorifica, ao mesmo tempo em que a obriga a terceirizar a criação dos seus filhos. Seja por necessidade, independência ou reconhecimento. Como se, em qualquer um desses casos, essa não fosse uma decisão extremamente difícil.

Mãe que se divide diariamente entre a administração do lar e da profissão, encarando múltiplas jornadas que a levam constantemente à exaustão física e emocional.

Mãe que se dedica de corpo e alma ao significativo projeto de criar uma criança, enfrentando um nível de cobrança superior ao de qualquer chefe ranzinza e cliente exigente. 365 dias por ano, 24 horas por dia. E mesmo assim é percebida como alguém que não faz nada. Até por si mesma.

Mãe pobre que, quando opta pelos filhos, é acomodada. Quando rica, é madame. E, quando profissional, é ausente.

MANIFESTAMOS PELA MATERNIDADE

E, portanto, pela liberdade de sentir. De seguir os instintos. De viver em plenitude emoções e sentimentos totalmente femininos. Pois negá-los, seria abrir mão daquilo que faz da mulher, um ser único.

Manifestamos pelo direito de cada mulher escolher o papel que melhor lhe cabe no momento. Sem se sentir pressionada, desmerecida ou julgada pelo que decidiu não ser.

Manifestamos por parir de forma saudável, humana e tranquila e que essa seja uma decisão consciente da mãe. Amparada por uma equipe de profissionais da saúde que a respeitam, orientam, acompanham e zelam pelo bem estar dela e do bebê.

Manifestamos pelo direito de amamentar a cria, sem ser pressionada por profissionais da saúde mal formados ou parentes bem intencionados, a substituir por mamadeira, o alimento que só o seu peito pode dar.

Manifestamos pela aceitação da metamorfose e da mudança de valores que a chegada de uma criança proporciona na vida de qualquer adulto. E pela valorização desta transformação na sociedade, como contraponto para a cultura do egoísmo e da juventude eterna.

MANIFESTAMOS PELO ATIVISMO ANÔNIMO E INCANSÁVEL DAS MÃES

Nas trincheiras domésticas de uma sociedade cada vez mais dominada pelas leis cruéis do mercado.

E apoiamos as mães que questionam. Que boicotam.

Que compram e deixam de comprar. Que sabem o que servem à mesa e o que jogam no lixo.

Que desligam a TV, controlam o videogame e a quantidade de açúcar.

Mães que tentam proteger a infância e não desistem diante do bombardeio de mensagens que estimulam a erotização e o consumo precoces.

Mães que empreendem, que inventam, que abrem mão, que buscam alternativas, que assumem o vazio e a sobrecarga. E promovem viradas.

Mães que brigam por uma escola melhor, mais humana e significativa; pública ou privada.

Que pensam globalmente e agem localmente, casa a casa, família a família.

E que administram seus lares, como se ali começasse a mudança que desejam para o planeta.

MANIFESTAMOS PELA TOMADA DE CONSCIÊNCIA FAMILIAR

Pela valorização do papel da mãe no seio da família e pelo fim das hipócritas tentativas de minimizar a diferença que a presença dela faz.

Pelo reconhecimento da vital importância da maternidade para a humanidade, e por ações sociais e políticas que valorizem e estimulem a atuação da mãe.

Por uma rede de relacionamentos que coloque novamente mulheres de diferentes gerações em contato, reconstruindo referências que foram deturpadas e estereotipadas pela mídia e pela sociedade.

Por mães unidas para estudar, compartilhar experiências e desenvolver novos pontos de vista para este tema milenar, universal e ainda tão incompreendido.

Por uma nova formação familiar, focada no bem estar integral dos seres humanos e não somente no bem estar material.

Por pais que valorizam a tomada de consciência materna, dando sua participação necessária para que ela floresça. Mesmo sem entendê-la completamente.

Por mães que partilhem com seus parceiros as responsabilidades, agruras e alegrias de se cuidar dos filhos, sendo entendido que eles pertecem aos dois, igualmente.

Manifestamos pela ausência de fórmulas, de guias práticos e de respostas prontas, pois cada mulher é livre para buscar seu caminho e desenvolver sua história. No seu tempo, no seu ritmo e na sua individualidade.

Manifestamos pela conciliação de uma maternidade moderna com uma maternidade mais plena.

Manifestamos por você e por nós. Pela Terra e por todos os filhos que dela vieram e ainda virão.

Manifestamos pelas mães!"

Entenda e assine você também o manifesto pelas mães clicando aqui.

terça-feira, agosto 03, 2010

Sobre palmada "educativa"

Bom, já que uma colega insinuou que bato em minha filha, venho aqui contar um pouco da minha história sobre palmada.

Eu tomei bons puxões de orelhas e palmadas de minha mãe. E não fiquei traumatizada.

Não mesmo. Mas será que aprendi ou só tive medo? Bem, não me lembro.

Fato é que quando a Sophia nasceu, eu estava decidida de que ela nunca tomaria uma palmada minha. Mas aí ela foi crescendo e foi tendo suas birras, seus pitis... E aí na prática fica tudo mais difícil, né. Falar é tão fácil....

Tomou palmada sim.

E aí quando dei palmada, recebi em troca uma criança que na hora me obedecia, mas depois ficava mais birrenta, mais nervosa... etc.

Aí me incomodei com isso... Sentia que tava errada. Comecei a ler mais, procurar soluções. Como agir, como punir? Só o castigo não estava resolvendo... Aí comecei a tirar privilégios e funcionou de uma forma tão boa... A menina simplesmente parou com tudo.

Acontece que eu aprendi que com palmada a criança não aprende. A criança deixa de fazer o errado por medo e não porque é errado. Existem formas de mostrar o certo pra criança. Bater não educa, intimida.

"Não mexa com faca, senão vai apanhar" é diferente de mostrar que mexer com faca machuca. Só um exemplo.

E aí hoje no twitter a @lubrasil mandou um texto que está no blog dela que achei sensacional e quero compartilhar com vocês. Aqui. Esse texto foi ecrito por Márcia.

Achei tão sensacional e tão claro e instrutivo o blog que resolvi compartilhar.

Não quero que pensem que estou condenando quem dá palmadas. Pq acho que cada um sabe o que é melhor pra sua família. Na minha família acho melhor não dar.

Outra coisa que li ainda hoje é a seguinte frase "Só bate em filho quem tem preguiça de educar". Discordo na parte do "só bate". Talvez só bata em filho quem não sabe a melhor forma de educar.

Estamos no mundo pra aprender. Mudar de opinião é uma virtude e não uma vergonha! Eu mudei a minha e me sinto orgulhosa por isso.

Pense nisso.

beijos